A polícia penal do Pará está sem água mineral, sabão, máscaras e álcool em gel para atuar nas casas penais. Segundo a denúncia feita por policiais, não há materiais de proteção para trabalho durante os plantões, o que facilita a transmissão do novo coronavírus. O grupo enviou neste domingo, 19, imagens que mostram a condição insalubre no Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I), em Marituba, na Região Metropolitana de Belém.
Nas fotos é possível ver ratos, sala com infiltração, goteiras e mofo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a melhor prevenção contra o Covid-19 é lavar as mãos com água e sabão, além de álcool em gel e manter o local higienizado, o que não acontece, segundo os policiais, nas casas penais.
Os policiais também alegam que estão trabalhando com carga horária excessiva. ”Temos que trabalhar 44 horas semanais, o que dá em torno de 176 horas mensais, mas trabalhamos 244 horas”, diz um servidor que não quis se identificar por medo de sofrer represálias.
“Trabalhamos em um ambiente completamente insalubre e não estão também pagando a insalubridade como determina a lei federal. Todos policiais penais têm direito a receber, mas aqui também não nos pagam. Um descaso total”, reclama o policial.
Eles pedem melhorias e uma jornada de trabalho digna. “Nessa semana o secretário Jarbas Vasconcelos colocou um nota sem respeito, falando inverdades que os servidores penitenciários recebem materiais de proteção para trabalho durante o plantão. Queríamos afirmar aqui que isso não existe”, afirma o Sindicato dos Policiais Penais do Estado do Pará (Sinpolpen-PA).
Secretaria afirma ter feito reformas nas unidades prisionais
A Seap informou neste domingo, 19, que está executando reformas e revitalizações das unidades prisionais, principalmente no PEM I, em Marituba, alvo das denúncias. Segundo o órgão, a reforma ocorreu em janeiro e também realiza as manutenções periodicamente
Fonte: Romanews
