Desde a última quinta-feira, 27, circulam nas redes sociais mensagens de médicos que atuam no Hospital Abelardo Santos, alegando não receberem salários há pelo menos três meses.
A organização social que administrava o hospital era a Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia. Agora está sob a gestão da OS Mais Saúde, que fez uma proposta de pagamento reduzido, ou seja, queriam pagar apenas 70% do que têm pendente com os médicos, sob a alegação de que o Instituto não dispõe de recursos para honrar o compromisso com a categoria.
As OS contratadas pelo governo tem deixado sérios prejuízos à saúde do Pará, foi o caso da OS Santa Casa Pacaembu, que comandava a Máfia das OS e provocou a prisão de muita gente, inclusive mostrado no Fantástico. O Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia não é diferente: deixou uma série de problemas para trás, inclusive dívidas.
O não pagamento de médicos também não é um fato isolado. Em Santarém, os profissionais que atuaram na linha de frente contra a Covid-19 no Hospital de Campanha, ficaram cerca de dois meses sem receber. Em junho de 2021, as Organizações Sociais Santa Casa do Pacaembu, Medplantões e Via Care foram condenadas a pagar os salários atrasados dos médicos do Hangar, em Belém.
Já o Governo do Pará deveria ter procedido a fiscalização do cumprimento integral das obrigações trabalhistas, decorrentes de contratos de gestão, cujo objeto esteja adstrito a execução e operacionalização das ações e serviços de saúde em hospitais localizados no Estado do Pará (Hospital de Campanha do Hangar e Hospital Abelardo Santos). Por isso, a sentença atribui a responsabilidade “de forma subsidiária, pela satisfação das obrigações trabalhistas inadimplidas pela segunda, terceira e quarta reclamadas, bem como as penalidades advindas em face do descumprimento”.
RESPIRADORES ESCONDIDOS
O Ministério Público do Pará ainda não se manifestou sobre o caso dos respiradores encontrados escondidos, fato que ocorreu também no Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci.