F18AE7F5-BEEA-42E9-AEBD-7FDA53341419

Secretário de Saúde é preso pela Polícia Federal por suspeita de desvios na pandemia

Compartilhe:

O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, foi preso nesta quarta-feira, 02, em Manaus. Ele foi abordado pela Polícia Federal no aeroporto, ao sair de um avião. Em seguida, ele foi levado para a sede da PF para os procedimentos legais.

A operação investiga se funcionários da Secretaria de Estado de Saúde fizeram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais para a construção de hospital de campanha, sob orientação da cúpula do governo do Estado.

Agentes fizeram buscas na casa de Wilson Lima, na sede do governo do Amazonas, na Secretaria de Saúde e na casa do secretário estadual de Saúde, Marcellus Campêlo.

Campêlo não havia sido encontrado pelos agentes. Em nota, ele disse que estava viajando, mas está “à disposição” da Justiça e vai “prestar todos os esclarecimentos”. Ele foi preso no aeroporto de Manaus, ao descer de um avião, e foi levado à sede da PF.

Também houve ações da PF no Hospital Nilton Lins e na casa do dono da unidade, Nilton Costa Lins Júnior, que foi preso. Durante a ação da PF, o empresário chegou a efetuar disparos com arma de fogo.


Contratação irregular

 

A operação da PF desta quarta é parte da quarta fase da Operação Sangria, que investiga crimes como pertencimento a organização criminosa, fraude a licitação e desvio de recursos públicos. Foram encontrados indícios de que funcionários da Secretaria de Saúde amazonense tenham beneficiado grupo de empresários na contratação de parte do Complexo Hospitalar Nilton Lins para ser usado como hospital de campanha.

A PF também apontou que o hospital não atende às necessidades de assistência à população atingida pela pandemia. Além disso, o local põe pacientes e funcionários em risco de contaminação, ainda segundo a investigação.


CPI DA PANDEMIA

 

Com esses acontecimentos a CPI adiantou o depoimento do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), para a próxima quinta-feira, 10. Inicialmente, a ida de Lima à CPI estava programada para o dia 29 de junho.

Fonte: Globo