O projeto da rodovia Liberdade, existente desde 2018, ainda no governo de Simão Jatene, e que já possui recursos de até 400 milhões de reais, liberados pelo governo do estado pela lei ordinária Nº 9.150, de 18 de Dezembro de 2020, de que custará cerca de 2 bilhões de reais, com apenas 14 quilômetros de extensão, vai gerar impacto ambiental direto em toda fauna e flora atualmente preservadas na região que liga a Perimetral até o município de Marituba, pela Alça Viária.
No último dia 30 de maio, o governador Helder Barbalho (MDB) encaminhou à Assembleia Legislativa do Pará o pedido de autorização para operação de crédito para execução da obra.
Aliado político do governador, o reitor Marcel do Nascimento Botelho, por meio da resolução nº 304, de 10 de março de 2021, cedeu terras da Ufra ao estado do Pará para a construção da rodovia. Para efeito de maior publicidade, ironicamente, será chamada de eco rodovia da Liberdade.
De acordo com pesquisadores, a construção da rodovia vai impactar de forma direta a Ufra e a fauna e flora preservados dentro da universidade, com afugentamento das aves e animais, destruição do habitat, atropelamento de animais silvestres e o desmatamento de grandes áreas de floresta nativa.
Haverá ainda impactos na área de preservação ambiental (APA) de Belém, que foi criada para proteger os corpos d’água a cidade e o Parque Estadual do Utinga, ponto turístico e de conservação de espécies animais e vegetais.
Outros problemas apontados por pesquisadores com a construção da rodovia são a exposição do Quilombo do Abacatal, além de outras comunidades e terras no entorno da obra, invasões de terras, especulação imobiliária e o crescimento urbano desordenado.
Três projetos estão sendo avaliados, mas segundo informações, todos trarão impacto para o meio ambiente da Região Metropolitana de Belém.
Fonte: Ver O Fato