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Queijo do Marajó ganha mercado fora do Pará

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O queijo do Marajó, produzido com leite de búfala desde o início do século 20, é premiado, apreciado por turistas e moradores, e agora, poderá ser comercializado para fora do Pará.

Com apoio de instituições como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a conquista do Selo de Indicação Geográfica em 2021, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o queijo foi reconhecido como único e tem sua tradição histórica e cultural preservada. O produto entrou no roteiro turístico do Marajó e ganha mercado em todo o país.

O selo abrange produtores certificados em sete municípios da Ilha de Marajó: Cachoeira do Arari, Chaves, Muaná, Ponta de Pedras, Salvaterra, Santa Cruz do Arari e Soure. Apenas quem produz nessa área geográfica, de forma artesanal e respeitando as especificações técnicas em todas as etapas da produção — da criação de búfalos até a comercialização —, tem o direito de usar o título de queijo do Marajó.

Capital brasileira do búfalo

Segundo registros históricos, os primeiros búfalos chegaram ao Marajó em 1895, importados por um fazendeiro chamado Vicente Chermont, e encontraram no arquipélago as condições ideais para viver e se multiplicar. A região de clima quente, úmido e chuvoso, com áreas alagadas e zonas de sombra criadas pela vegetação, oferece o conforto térmico que o animal procura, explica produtor de queijo e agrônomo Tonga Gouvêa. “Eles têm poucas glândulas sudoríparas e coloração escura, com poucos pelos. Então, absorvem muito a luz solar e precisam fazer a transferência de calor.”


Fonte: Agência Brasil