Todo mundo quer receber um ovo de Páscoa. Tradição no Brasil e no mundo, a produção de ovos e doces de chocolate movimenta as grandes e pequenas empresas e tem um número maior de vendas durante esse período. Mas, em meio à pandemia do novo coronavírus, a reinvenção teve que tomar espaço.
Em pesquisa feita pelo Google com cerca de mil consumidores, 12% deles devem deixar de comprar chocolate. Com a falta de confraternizações e trocas de ovos entre famílias e amigos pelo distanciamento social, a população prefere economizar no consumo de produtos considerados não essenciais. As buscas por termos como “receitas de ovos” e “como fazer ovos de Páscoa” também aumentaram.
Cláudia Braga, dona da franquia de doces Quitandinha, localizada em alguns shoppings de Belém, conta que a situação é um aprendizado. Com 3 lojas fechadas, ela teve que se reinventar. “Tivemos que buscar alternativas de delivery para conseguir vender nossos produtos. Estamos trabalhando com um quadro reduzido de colaboradores, visando a segurança de todos os envolvidos, funcionários e clientes”, explica.
Uma das medidas que a empresária encontrou, consistiu em buscar os colaboradores em casa, evitando que usassem transportes coletivos, expondo-se a aglomerações.
As redes de supermercados também tiveram que se adaptar ao momento. Com produtos de marcas já conhecidas e preços que nem sempre cabem no bolso do brasileiro, foi necessário fazer promoções e diminuir preços, um dos motivos foi a diminuição do tamanho dos ovos.
Para Tiago Lima, de 32 anos, técnico de informação, esse ano ficou mais difícil comprar os tão esperados produtos de Páscoa para seus filhos. “Tenho dois filhos. Nos anos anteriores, sempre fiz questão de dar esse presente pra eles. Esse ano, tive que economizar e comprar coisas com um preço mais acessível. Não sabemos até quando isso tudo vai durar e quanto menos gastos desnecessários, melhor”, afirma.
No shopping Metrópole, em Ananindeua, uma ação chamada “Páscoa Drive Thru”, em parceria com as lojas da instituição, deu aos clientes a opção de comprar os presentes sem sair do carro, com as vendas dentro do estacionamento. O projeto vai até o dia 12 de abril.
Por: André Maia
