homem-segura-caixa-cheia-de-mascaras-nas-ruas-de-lages-sc-em-meio-a-pandemia-de-coronavirus-1590710496725_v2_450x337

Puxado por SP e PA, Brasil tem maior alta de casos de covid-19 em 24 horas

Compartilhe:

Segundo os dados atualizados pelo Ministério da Saúde, o Brasil estabeleceu hoje (28) a maior alta de registros de casos de covid-19 em 24 horas. Foram 26.417 contabilizados desde ontem, superando os números da última sexta-feira (22). Nove estados do país registraram suas maiores altas de diagnósticos, o que explica o aumento impressionante.

A alta foi puxada principalmente por São Paulo, o estado brasileiro mais atingido pela pandemia, que hoje também teve sua atualização mais expressiva de novos casos. Foram 6.382 diagnósticos em 24 horas, um dia após o governador João Doria (PSDB) permitir a flexibilização do isolamento social na capital paulista e em outras regiões.

Por conta do período de incubação do novo coronavírus, o número indica o volume incluído no sistema oficial, e não necessariamente óbitos ocorridos no período. O Pará também registrou sua maior alta de casos ao registrar 2.666 em 24 horas. Nos últimos sete dias, o estado contabilizou em média 1.990 novos diagnósticos por dia, valor que só é superado por São Paulo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que atualmente o Brasil é o país onde mais se morre por covid-19. No último boletim, quase 25% dos óbitos registrados em 24 horas no mundo inteiro foram de brasileiros. O ranking considera os dados de ontem do Brasil, que teve quase o dobro de mortes em relação ao segundo colocado deste ranking, os Estados Unidos (1.039 e 590).

Ainda que o Ministério da Saúde divulgue estes números todos os dias, eles estão sempre desatualizados. Em grande parte porque há atraso em relação ao registro de óbitos junto a cartórios.

Também há subnotificação de casos e mortes, pois nem toda pessoa que contrai a doença vai ao hospital e nem todos que vão ao hospital recebem o diagnóstico correto de covid-19. A estimativa de um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que, na realidade, o número de contaminados pode ser quatro vezes maior do que mostram as estatísticas.

Fonte: Uol