A Polícia Federal, descobriu, que Nicolas Tsontaski, apontado com um dos chefes do esquema que desviou milhões da saúde no Pará, em plena pandemia, tem ramificações na Colômbia.
As Investigações da policia federal em São Paulo, sobre a máfia das OSs, detectaram que boa parte dos milhões desviados da saúde, verba que deveria ser utilizada no combate a pandemia, era transportado, no eixo Belém – São Paulo – Rio de Janeiro, pelo ar, de forma tranquila e segura, em vários aviões comprados pela organização criminosa, livre de qualquer empecilho, abordagem ou qualquer contratempo.
Os policiais apuraram ainda que o grupo criminoso contratou vários pilotos com vasta experiência em voos, entre eles Hugo César Félix Trindade, Thalles Henrique Vicentini, Joilson Correa Faustino e Mateus Doná Frederico, sendo que todos, segundo a PF, integram a organização criminosa, transportando milhões e milhões de reais nos céus do Brasil, exercendo função determinante dentro do núcleo da chefia. Era através deles que parte do dinheiro desviado dos cofres públicos chegava ao bolso da organização criminosa.
Nas interceptações, um dos pilotos diz que Nicolas Tsontaski, comprou e mantém, na Colômbia, um Gulfstream G650, o avião particular mais rápido e caro do mundo, com custo em torno de US$ 70 milhões.
Tal descoberta esclarece o motivo de Nicolas ter financiado cursos nos Estados Unidos para habilitar pilotos de jatos, já que são maiores, mais rápidos e confortáveis, facilitando com isso a quantidade, comodidade e a celeridade no transporte dos valores e outros bens.
Os pilotos, por muitas vezes, foram fundamentais para os chefes do bando. Em duas ocasiões em que a Polícia Federal cumpriu buscas em Belém do Pará, Cleudson e demais integrantes conseguiram embarcar nas aeronaves e deixar, às pressas, a capital paraense. Situação idêntica ocorreu quando Cleudson tomou conhecimento do cumprimento de mandados de busca em São Paulo, nas residências e escritórios de alguns alvos da investigação. Ele acionou o piloto e, na companhia de Marcio Tiruza, evadiu-se até o “Campo de Marte”, onde embarcou em um avião rumo ao Pará, passando a “virada do ano” às escondidas, por temer pela sua eventual prisão.
CONVERSAS INTERCEPTADAS
Hugo César, um dos pilotos da quadrilha, diz, em diálogos interceptados, que os pilotos de Belém só sabem voar na Ilha do Marajó e que se os mesmos forem para Marabá se perdem. Ele relata que o trecho Belém – São Paulo é cansativo, uma vez que voa, somente a noite, por mais de 10 horas
De acordo com a investigação da Polícia Federal, Nicolas comprou várias aeronaves de última geração, entre eles um CJ3, por R$ 20 milhões de reais e também um Excel- 45. A PF apurou que Nicolas tinha planos de montar um grande esquema de Táxi Aéreo.
Fonte: O Antagônico