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Pacientes com câncer e esclerose estão sem remédios no Ophir Loyola

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Pacientes com câncer e esclerose múltipla do Hospital Ophir Loyola, em Belém, denunciam que não estão mais recebendo os medicamentos para o tratamento. A direção do hospital informou que a demanda pelos remédios aumentos, superando a quantidade comprada em contrato. O Governo do Pará disse que abriu processo de compra emergencial dos medicamentos.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica, crônica e autoimune que que ataca as células nervosas do paciente. Afeta principalmente o sistema nervoso central, causando problemas físicos e cognitivos, como dor, perda da visão e do equilíbrio. A doença não tem cura. O fumarato de dimetila, remédio fornecido pelo Ophir Loyola é a primeira opção para o tratamento pelo SUS.


Luta contra o câncer

 

“Não são apenas as pessoas com esclerose múltipla que foram obrigadas a suspender o tratamento por falta de medicamento. Pacientes do Hospital Oncológico Ophir Loyola que estão lutando contra o câncer também denunciam problemas no fornecimento de remédios. Mary Melo precisa fazer quimioterapia.

Para o diretor da Sociedade Brasileira de Oncologia Clinica, a demora na conclusão do tratamento contra o câncer por causa do repasse de medicamentos é prejudicial à saúde e pode ser decisiva na cura ou não do paciente.

“Quando você não faz a coisa no tempo certo, você acaba prejudicando as chances do paciente ficar curado. Atrasos de um mês podem ter uma repercussão extremamente negativa na chance de cura de um paciente com o decréscimo significativo de chance de cura. Isso é uma tragédia”, explicou Rafaeíl Kaliks.

 

Notas

 

Em nota, o Hospital Ophir Loyola informou que aumentou o consumo do medicamento usado para quimioterapia, ultrapassando a quantidade adquirida em contrato. Para suprir a necessidade excedente, o Governo do Pará iniciou um processo de aquisição emergencial. A compra foi concluída nesta semana e a entrega está programada para a próxima terça-feira (15).

Já sobre o medicamento para esclerose, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) disse apenas que a aquisição é de responsabilidade do Ministério da Saúde.

Fonte: G1