E81C4825-DC2D-471A-889A-87BA8FC0E62C

No Brasil, gasolina sobe quatro vezes mais que o salário mínimo

Compartilhe:

Nesta sexta-feira, 11, entrou em vigor o novo reajuste da Petrobras, de 18,8% na gasolina (e 24,9% no diesel), o combustível disparou para R$ 7,81 nas bombas.

Com este preço, quando a gasolina fica 82,9% mais cara do que em janeiro de 2019, é possível comprar apenas 155 litros do combutível com o atual salário mínimo (R$ 1.212). Essa perda do poder de compra faz com que o motorista coloque no tanque menos 78 litros, o que significa uma diferença de 34%.

Neste mesmo período de 38 meses, o piso nacional foi corrigido em 21,44%, quase quatro vezes menos que a remarcação sofrida pela gasolina no país.

De janeiro de 2019 a fevereiro de 2022, a inflação acumulada foi de 21,85%, conforme os dados repassados pelo Banco Central.

Se o Governo Federal quisesse suprir essa perda de força do salário mínimo e retornar aos consumidores a possibilidade de abastecer seus automóveis com os mesmos 233,8 litros que eles compravam no início de 2019, o piso atual deveria ser reajustado para R$ 1.825, ou seja, um acréscimo de R$ 613.

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o aumento da gasolina afeta diretamente a classe média, e também as pessoas mais pobres, normalmente são estas as mais prejudicadas pela inflação.

Ainda de acordo com o Dieese, em algum momento a tarifa do transporte público vai subir e, a curto prazo, e esse gasto a mais de indústrias e lojas com o combustível será repassado ao consumidor.

Fonte: R7