Há mais de 60 dias a Covid-19 vem fazendo vítimas no Marajó e o esperado Hospital de Campanha de Soure não saiu do projeto. Desde o primeiro caso da doença registrado na ilha, já são 195 óbitos e mais de 3.700 casos confirmados no arquipélago. Anunciado pela deputada federal Elcione Barbalho e pelo estadual Wanderlan Quaresma, em 03 de maio, e oficialmente confirmado pelo Governo em 16 de maio , não há qualquer sinal da implantação do Hospital na região.
O Hospital de Campanha de Breves atende aos municípios da região das ilhas, mas a região Oriental do Marajó, composta pelos municípios de Salvaterra, Soure, Cachoeira do Arari, Santa Cruz do Arari, Muaná e Ponta de Pedras, é atendida por Belém, cidade campeã em mortalidades causadas pelo novo coronavírus. Ali, onde o Governo do Estado permitiu a reabertura gradual do comércio, estão os hospitais de referência para o tratamento da Covid-19. Nenhum dos seis municípios do Marajó Oriental possui leitos com respiradores para casos graves da doença.
Em 16 de maio, o governador do Pará, Helder Barbalho, assinou convênio com a prefeitura de Soure para instalação do Hospital de Campanha, que atenderia a população da região com 60 leitos – 50 leitos clínicos e 10 Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
O Governador veio a Soure para assinar o documento, em uma fazenda, trajando a camisa típica dos marajoaras, mas até o presente não há novos indícios de que a promessa irá se concretizar.
Na assinatura do documento, o governador disse que “a intenção é que nós possamos ampliar o atendimento aos pacientes com coronavírus fazendo com que essa estrutura possa atender aos municípios do Marajó Oriental e todos aqueles que possam ser atendidos aqui. São 60 leitos, 50 clínicos e 10 de UTI. Com isso, vamos garantir atendimento com rapidez, descentralizando e aproximando o serviço da nossa população, fortalecendo também a estrutura do interior”.
Fonte: Portal Extra
