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Estudantes passam fome em Igarapé-Miri

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O prefeito de Igarapé-Miri, Toninho Peso Pesado (MDB) só agora começou a distribuir cestas básicas aos estudantes da rede municipal, e com apenas cinco itens, de péssima qualidade. Vejam só na foto: um pacote de 200g de leite em pó, um pacote de macarrão azedo, uma lata de sardinha boiando no óleo, um quilo de feijão e um pacote de bolacha cream cracker. Como sintetizou uma mãe de aluno local, em perfeito paraensês: “Mas antes ele tivesse dado um quilo de mapará,  um litro de açaí e um de farinha. Aí sim dava pra matar uma broca na hora do almoço”

No dia 8 de abril foi sancionada a lei municipal nº 13.987/2020, que autorizou o prefeito a usar os recursos do Programa Nacional da Alimentação Escolar para garantir a distribuição dos alimentos aos estudantes que tiveram suspensas as aulas na rede pública de educação básica devido à pandemia do novo coronavírus. Desde então ele deveria distribuir os kits, mas deixou as crianças passarem fome. A população está revoltada, e com justa razão.

Até março deste ano a prefeitura tinha em conta  para esse fim R$542.251,20. Detalhe agravante: muitas escolas da zona rural de Igarapé-Miri  sequer começaram as aulas em 2020 e na zona urbana foram poucos dias letivos. A Câmara Municipal está solicitando informações da SEMED sobre quanto gasta com a merenda escolar mensalmente. No ano passado os recursos do PNAE foram da ordem de R$2.132735,20, fora a contrapartida do município. É direito de todos os alunos de escolas públicas receber  alimentação enquanto durar a suspensão das aulas. O MPF, o MPPA  e o MPC precisam dar um basta nisso.

 

Fonte: Uruatapera