O Pará concentra os três municípios recordistas em queimadas, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira 17, pela ONG MapBiomas. São Félix do Xingu, Altamira e Novo Progresso são responsáveis pela destruição de 1.052.700 de hectares, o que equivale a 9% do total nacional nos nove primeiros meses de 2022.
O aumento foi de 158% em relação a 2021, quando esses municípios em 2021 queimaram juntos 407.212 hectares. Somente em setembro de 2022, os municípios de São Félix do Xingu e Altamira permanecem como os que tiveram maior área queimada.
O país agora acumula um total de 11.749.938 hectares queimados entre janeiro e setembro deste ano – uma área maior que todo o estado de Pernambuco.
De acordo com o levantamento, o bioma com maior extensão queimada neste mês foi o Cerrado, com 2.973.443 hectares queimados – 13% a mais que no mesmo mês de 2021.
Já a Amazônia foi o bioma com maior aumento de área queimada em relação ao mesmo mês de 2021. O aumento foi de 71%, correspondendo a 1.080.388 hectares a mais.
Na comparação com agosto deste ano, o aumento foi de 52%, no caso da Amazônia, e de 149%, no Cerrado.
O MapBiomas registrou crescimento na área queimada de 40% na Amazônia (mais de 1,6 milhões de hectares) e de 1.500% no Pampa (27.317 hectares).
O estudo também concluiu que, praticamente metade das queimadas entre janeiro e setembro deste ano ocorreu na Amazônia: 49%, correspondendo a 5.797.298 hectares.
Juntos, os biomas Amazônia e Cerrado somam 95% da área queimada no Brasil até setembro de 2022.
O crescimento das queimadas em florestas no Brasil foi de 34%, com cerca de 2 milhões de hectares (1.942.949 ha). A quase totalidade (87%) desses incêndios florestais ocorreram na Amazônia.